O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da Promotoria
de Justiça da Comarca de Apuiarés e da Procuradoria dos Crimes contra a
Administração Pública (PROCAP), executou, nos dias 23 e 24 de maio, a
segunda fase da Operação Malabares, que investiga o crime de falsificação
de documento público, dentre outras irregularidades, envolvendo a
Administração Pública, servidores e empresários.
Foram presos Antonio Abdias Ferreira de Abreu, atual vice-prefeito de
Apuiarés, e Rodrigo Carvalho Azin, advogado e o ex-procurador do
Município de Apuiarés. Maria Joselene Alves Castro, conhecida como
“Lena”, foi afastada do cargo de assessora da Comissão de Licitação do
Município. O juiz Caio Barroso, titular da Comarca de Apuiarés, expediu os
mandados de prisão, busca e apreensão, que foram executados em Fortaleza
e Apuiarés com o auxílio da Polícia Civil.
Foram apreendidos os aparelhos celulares dos investigados. Os suspeitos
são ligados à empresa Patrol Engenharia e Serviços Ltda., já investigada na
Operação Cascalho do Mar. Os três investigados foram citados pelos
suspeitos presos em fases anteriores da Operação. Eles estariam envolvidos
na fraude de documentos do Ministério Público Estadual, usando o timbre
da instituição, para recomendar a aprovação de aditivos em contratos de
coleta e limpeza urbana com a Prefeitura de Apuiarés.
O vice-prefeito municipal, no período de 180 dias em que exerceu o cargo
de prefeito interino, prorrogou contratos com a empresa investigada, Patrol Engenharia. Segundo o promotor de Justiça Jairo Pequeno Neto, que
coordenou a operação, ao agir desta forma, o vice-prefeito praticou atos que
infringiram seu dever funcional de zelar pelo erário.
Conforme as provas coletadas, os suspeitos associaram-se com fins
específicos de cometer os seguintes crimes: falsificação de documento
público, tráfico de influência, associação criminosa e corrupções ativa e
passiva. Cerca de R$ 450 mil da Patrol já estão bloqueados pela Justiça em
decorrência da investigação. Os proprietários já respondem a processos por
ato de improbidade administrativa. José Darlan Barreto e Marcos Vinícios
Gonçalves Barreto, pai e filho, estão presos preventivamente e Bruna
Gonçalves Barreto, filha de José Darlan, cumpre prisão domiciliar.
MPCE
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