O prédio da escola João Martins Teixeira, no bairro
Barateiro, nem mesmo foi inaugurado e sua estrutura já põe em risco a
integridade física das crianças que ali estudam. A empresa responsável pela
construção do imóvel utilizou material de baixa qualidade na construção da
estrutura de sustentação do telhado do pátio. A linha de sustentação dos
caibros está quebrada e é escorada por pedaço de madeira. A ‘gambiarra’ não
garante a segurança do local e a qualquer momento um acidente grave pode
acontecer.
Entenda o caso
Em entrevista ao departamento de jornalismo da rádio Atitude
FM, veiculada no Jornal Integração de 12 de setembro, a Secretária de Educação
do município, Célia Bernardo informou que tem conhecimento do problema e já
entrou em contato com a empresa responsável pela construção do imóvel para que
faça os reparos necessários, mas até agora o pedido não foi atendido pela
empreiteira. De acordo com a gestora, o prédio ainda não foi oficialmente
repassado aos cuidados da Prefeitura, o que impede uma intervenção estrutural
da administração municipal a fim de solucionar o problema. Apesar disso, cerca
de 450 estudantes da rede pública municipal já freqüentam o lugar desde o ano passado.
A obra, financiada com recursos do Governo do Estado, começou a ser construída
há cerca de doze anos e ficou muito tempo parada. Em 2011 a construção foi
retomada.
Procurado pelo departamento de jornalismo da emissora, o
professor Wesley Cavalcante Melo coordenador da 2ª CREDE (Coordenadoria
Regional de Desenvolvimento da Educação), órgão ligado à Secretaria Estadual de
Educação do Estado, afirmou que tomou conhecimento do caso há pouco tempo e
ficou surpreso com o fato do imóvel já estar sendo utilizado sem que tenha sido
inaugurado. De acordo com ele, o Departamento de Arquitetura e Engenharia –
DAE, setor da administração pública que acompanha e fiscaliza todas as obras
realizadas com recursos do estado, ainda não ‘entregou’ o equipamento à Secretaria
de Educação do Ceará para posterior cessão ao município. Professor Wesley
afirmou que irá averiguar junto ao DAE qual a situação da obra para que sejam
tomadas providências. Ressaltou, entretanto, que o imóvel está temporariamente
impossibilitado de receber obras de melhoramento até que o DAE realize a última
fiscalização (medição) e emita laudo de conclusão da obra.
Mardem Lopes
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