Uma chacina brutal
ocorrida no município de Itapajé está prestes a completar onze anos. À época o
assassinato de quatro pessoas de uma mesma família, sendo duas crianças, chocou
a população de Itapajé e ganhou repercussão em todo o estado. Posteriormente um
acusado de participação no crime foi preso e condenado. O jornal Diário do
Nordeste noticiou o caso da seguinte forma:
“Uma família inteira executada de maneira cruel. Pai, mãe e as duas filhas foram assassinados, em 10 de julho (sábado) deste ano (2004), e seus corpos colocados um ao lado do outro, sendo, depois, cobertos com toalhas e lençóis. A brutalidade foi a marca deixada pelos assassinos. O caso ocorreu na localidade de Três Olhos D´Água, no cume de uma serra, na zona rural de Itapajé. O comerciante e transportador, José Arimatéia Barbosa, de 62 anos, conhecido como ‘Zé Cazuza’; sua mulher, Maria Iranilde de Paula Chaves, de 37 anos, agente de saúde do vizinho município de Irauçuba; e as duas filhas do casal, Bruna Kevi e Brena de Paula Barbosa, de 10 e 15 anos, respectivamente, foram torturados e mortos com pauladas na cabeça. ‘Zé Cazuza’ também foi golpeado com uma arma cortante, provavelmente goiva ou foice. Os corpos foram encontrados lado a lado, na sala da casa. Os assassinos deixaram ainda uma Bíblia sobre os cadáveres. O livro estava aberto na página onde está escrito o Salmo 90. Não havia sinais de luta no interior da residência nem tampouco indícios de arrombamento das portas e janelas. Os criminosos roubaram cerca de R$ 300,00 da mulher do comerciante e ainda um aparelho de som. Depois de cometerem a chacina, fecharam a casa com as chaves e se dirigiram à mercearia pertencente a ‘Zé Cazuza’, que fica a cerca de 300 metros da residência. Na mercearia também não havia sinais de arrombamento. A porta principal foi aberta com chaves. Os matadores tiraram dinheiro que havia na gaveta do caixa, beberam cachaça e roubaram alguns mantimentos. A chacina provocou clamor em Itapajé. Posteriormente, depois de examinados os cadáveres dos quatro familiares mortos, ficou constatado que as duas garotas tinham sofrido violência sexual antes de serem assassinadas”.
*Mardem lopes
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