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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

SECA PERSISTENTE PODE AGRAVAR CRISE DE ABASTECIMENTO EM IRAUÇUBA E TEJUÇUOCA

Pelo menos 20 municípios permanecerão com situação crítica de abastecimento de água neste primeiro trimestre do ano. Desse total, ainda há aqueles que aguardam obras emergenciais, sobretudo, perfuração de poços profundos, adutoras e carros-pipas para atendimento da demanda nas cidades. Esse quadro foi debatido, ontem, na primeira reunião de 2015 do Comitê Integrado de Combate à Seca, realizado no Comando do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, presidida pelo titular recém-empossado da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Dedé Teixeira. O novo secretário explicou que o encontro tinha um objetivo maior de conhecimento do quadro de seca instalado no Estado e que vem penalizando não apenas a agricultura e a pecuária, mas o próprio homem do interior. Ao apresentar o quadro das cidades com situação mais crítica em seus mananciais, o coordenador de Gestão Hídrica, da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Gianni Lima, explicou que das 20 cidades, 12 ainda não contam com obras emergenciais para suprir as necessidades de água das populações.

Na apresentação ao comitê, ele pontuou como localidades mais vulneráveis as existentes em Apuiarés, Miraíma, Canindé, Caririaçu, Crateús, Irauçuba, Jaguaretama, Maranguape, Nova Russas, Novo Oriente, Parambu, Pereiro, São Luis do Curu, Senador Sá, Tauá, Tejuçuoca, Uruoca, Ipaporanga, Mineirolândia e Jaguaribe.

“Caso persista a seca neste ano, há a possibilidade de que localidades desses municípios fiquem também em situação crítica na questão do abastecimento”, disse Gianni.

Funceme

Também presente à reunião, a meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Meiry Sakamoto, disse que o órgão ainda mantém a previsão predominante de chuvas abaixo da média histórica, em torno de 55%, para o primeiro trimestre deste ano. Ela informou que uma avaliação será informada ainda neste mês, mas até o momento não alterações significativas que possam mudar este prognóstico, que são, especialmente, as observações em torno dos oceanos Atlântico e Pacífico. Este último ainda tem uma influência negativa do fenômeno El Niño, que interfere na quadra chuvosa do Semiárido brasileiro. Segundo Meiry, mesmo que houvesse uma quadra dentro da média histórica, o Ceará ainda detém um considerável déficit de recarga em seus açudes, em função dos três anos seguidos de seca. Ela reforçou a posição da Funceme em não considerar as chuvas caídas neste fim de semana no Estado como prenúncio da quadra invernosa.

* DN

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