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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

ITAPAJÉ: DIRETOR DA CADEIA ATRIBUI MORTE DE PRESO À SUPERLOTAÇÃO E AO REDUZIDO EFETIVO DE AGENTES PENITENCIÁRIOS

Francisco Alecsandro de Sousa Mendes foi preso em flagrante e enquadrado na Lei Maria da Penha na tarde do dia 27 de outubro, após uma intensa discussão com a sogra e a cunhada. Na manhã do dia seguinte, durante o horário de banho de sol, ele foi agredido por um grupo de detentos. A vítima foi levada ao hospital Municipal João Ferreira Gomes (Fusec) e em seguida transferida para o Instituto Dr. José Frota, em Fortaleza, porem não resistiu às lesões e veio a óbito no dia 31 de outubro. Alex, como era conhecido, era casado há dez anos com Jeane de Sousa Torres. Ele deixou quatro filhos. Os parentes do homem entraram com uma ação junto ao Ministério Público da comarca solicitando apuração caso. Até o momento ninguém foi responsabilizado pelo crime. A Polícia Civil investiga o caso.

Em entrevista veiculada no Jornal Integração o diretor da cadeia pública, agente penitenciário Francisco Silva disse que não estava de plantão no dia do espancamento, mas defendeu o colega que estava de serviço. Segundo ele, apenas um agente fica de plantão e a resposta rápida durante uma situação como essa é inviável. Ainda de acordo com ele, tão logo o carcereiro conseguiu intervir, levou o preso agredido para o hospital municipal João Ferreira Gomes (Fusec). Francisco disse ainda que a cadeia pública tem atualmente 82 presos, mas a capacidade é para apenas 25. Segundo ele, em agosto deste ano a Justiça havia determinado que Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social disponibilizasse dois policiais militares diariamente para o exercício da guarda externa da cadeia pública de Itapajé, mas esse policiamento teria sido retirado, e no momento da agressão ao detento os policias não estavam realizando a guarda externa.

O diretor da unidade de privação de liberdade argumentou ainda que a capacidade esgotada da cadeia impossibilita que presos mais perigosos sejam isolados de acordo com o grau de periculosidade. A alternativa seria a construção de uma nova unidade penitenciária e o reforço de efetivo dos agentes penitenciários. 
 
 

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