Francisco Alecsandro de
Sousa Mendes foi preso em flagrante e enquadrado na Lei Maria da Penha na tarde
do dia 27 de outubro, após uma intensa discussão com a sogra e a cunhada. Na
manhã do dia seguinte, durante o horário de banho de sol, ele foi agredido por
um grupo de detentos. A vítima foi levada ao hospital Municipal João Ferreira
Gomes (Fusec) e em seguida transferida para o Instituto Dr. José Frota, em
Fortaleza, porem não resistiu às lesões e veio a óbito no dia 31 de outubro. Alex,
como era conhecido, era casado há dez anos com Jeane de Sousa Torres. Ele deixou
quatro filhos. Os parentes do homem entraram com uma ação junto ao Ministério
Público da comarca solicitando apuração caso. Até o momento ninguém foi
responsabilizado pelo crime. A Polícia Civil investiga o caso.
Em entrevista veiculada
no Jornal Integração o diretor da cadeia pública, agente penitenciário
Francisco Silva disse que não estava de plantão no dia do espancamento, mas
defendeu o colega que estava de serviço. Segundo ele, apenas um agente fica de
plantão e a resposta rápida durante uma situação como essa é inviável. Ainda de
acordo com ele, tão logo o carcereiro conseguiu intervir, levou o preso
agredido para o hospital municipal João Ferreira Gomes (Fusec). Francisco disse
ainda que a cadeia pública tem atualmente 82 presos, mas a capacidade é para
apenas 25. Segundo ele, em agosto deste ano a Justiça havia determinado que Secretaria
de Segurança Pública e Defesa Social disponibilizasse dois policiais militares
diariamente para o exercício da guarda externa da cadeia pública de Itapajé,
mas esse policiamento teria sido retirado, e no momento da agressão ao detento os
policias não estavam realizando a guarda externa.
O diretor da unidade de
privação de liberdade argumentou ainda que a capacidade esgotada da cadeia
impossibilita que presos mais perigosos sejam isolados de acordo com o grau de
periculosidade. A alternativa seria a construção de uma nova unidade
penitenciária e o reforço de efetivo dos agentes penitenciários.
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