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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

DEPUTADO CAUSA TUMULTO EM MOTEL PRÓXIMO À ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA CEARENSE


Carlomano Marques provocou quebra-quebra em um motel. A Polícia foi chamada e parte do alto escalão da segurança pública do Estado se dirigiu ao local

Carlomano Marques havia entrado com pedido de licença médica na Assembléia Legislativa na última sexta-feira 

Por volta das quatro da manhã, mais um cliente chega ao Tantra Motel, bem próximo à Assembléia Legislativa: tratava-se do deputado estadual Carlomano Marques (PMDB). Escolhe uma das suítes, pega a chave e entra normalmente no recinto. Nada fora da rotina não fossem os acontecimentos seguintes. Horas depois, um forte barulho vem do quarto onde se encontrava o parlamentar. E não cessa. Assustados, os funcionários do estabelecimento tentam saber o que está acontecendo. Carlomano não quer saber de conversa e continua o quebra-quebra dentro do quarto. A Polícia é acionada.

Nomes importantes da segurança estadual chegam ao local: primeiro, Ricardo Moura (supervisor do Comando de Policiamento da Capital), seguido por Luiz Carlos Dantas (superintendente da Polícia Civil), Jairo Pequeno (titular do Departamento de Polícia Especializada), e Renato de Paiva Pessoa (subcomandante da 4ª Companhia de Guarda da Assembléia.

Segundo relato do delegado Ricardo Moura, mesmo com a presença da Polícia o deputado continuou se negando a abrir a porta. Chega então a gerente com uma cópia da chave do quarto e, finalmente, conseguem chegar até o deputado. Carlomano, segundo o relato policial, estava deitado na cama, com vários cortes pelo corpo. O cenário era de destruição: espelhos, copos, garrafas, mobília: tudo aos pedaços. “Ele estava sozinho e não dizia coisa com coisa”, afirma Ricardo Moura, que garantiu não ter mais informações.

Versão
O superintendente Luiz Carlos Dantas, que ficou à frente das negociações para convencer Carlomano a deixar o motel, relatou ao O POVO que a versão de Carlomano para a confusão de ontem. O deputado teria dito que, até a madrugada de ontem, estava bebendo com amigos em um estabelecimento da cidade.

Em respeito à família, teria decidido pegar um táxi e dormir no motel. O parlamentar também lhe disse que, de repente, começou a e sentir muito mal e a perder o controle. O comportamento não seria fruto do excesso de álcool no corpo, mas de alguma substância que teria sido colocada em sua bebida enquanto estava com os amigos, segundo justificou. “Políticos e pessoas públicas são o principal alvo dessas ações”, defende Dantas. Carlomano contou ainda que começou a destruir o quatro depois de ter esbarrado em um objeto.

Após a conversa entre Dantas e o parlamentar, a irmã do deputado, vereadora Magaly Marques (PMDB), que é médica, chegou ao local para levá-lo embora.

No início da tarde de ontem, policiais chegaram a ir até o motel para pedir à gerência que não modificasse o cenário do acontecimento, pois a perícia estava se dirigindo para lá.

A recepcionista, porém, informou que eles poderiam se retirar, pois a família já teria entrado em acordo com a direção do estabelecimento.

Com interesse de ambas as partes em evitar uma repercussão ainda maior, a família arcou com todas as despesas provocadas pelo quebra-quebra e o motel não chegou nem a formalizar queixa à Polícia.

O POVO procurou a gerência do motel, mas a recepcionista local afirmou que ninguém iria se pronunciar. Na residência do deputado, a reportagem foi informada de que Carlomano estava na casa da irmã Magaly Marques. Os celulares de Carlomano e Magaly se encontravam desligados até o fechamento desta edição.

Ítalo Coriolano da Redação Jornal O Povo

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